domingo, 9 de novembro de 2008

Barack Collor Obama de Mello


Alguém aí já viu esse filme na história recente? É bem verdade que era uma versão tupiniquim, mas o roteiro é muito semelhante. Senão vejamos: rapaz de passado escolar de alto padrão (universidades de Columbia e Harvard , no caso), passado político insignificantemente regional (no caso, o mais relevante foi de senador nacional, em 2004...cumprido pela metade), muita retórica vazia e mídia (Stalin e Hitler usaram as mesmas técnicas...ah, o tal Fernando das Alagoas, também), estilo messiânico e de salvador da pátria com promessas de mudanças. Sim, mas quais mudanças cara-não-tão-pálida? Será uma espécie de caçada aos marajás incompetentes e irresponsáveis de Wall Street? Duví-dê-o-dó !

Como disse um intelectual mundialmente reconhecido: "...a retórica o elegeu...foi um carnaval de engravatados, show e retórica ...suas propostas não são diferentes das de Polson (o sujeito do banco central de lá) que consiste em salvar bancos com o dinheiro dos contribuintes...certeza só a da mudança, mas para onde e para o quê?...80% da população acham que os EUA estão no caminho errado, daí qualquer um que chegue propondo mudanças vira salvador da pátria...Mudança tem que vir de baixo para cima...a democracia nos EUA está doente...do ponto de vista social, esta vitória não significa nada...". E vai por aí. A propósito, esta foi uma entrevista dada no dia da vitória do Sr. Obama, por Noam Chomski, filósofo, professor, lingüista e ativista político, considerado por uma série de órgãos científicos e acadêmicos como o topo da lista que relaciona "Os 100 maiores intelectuais", dentre cientistas políticos e economistas. E quanto a promessa de retirar as tropas do Iraque? Como fazê-lo, agora, sem que haja um banho de sangue vertendo dos choques entre curdos, xiitas e sunitas? Não que algum americano do norte esteja preocupado com as vidas que se perderão, com os mutilados e órfãos que aumentarão em escala holocáustica...mas e aquele petróleo todo?!

Bem, como não sou estadunidense (como referem os portugueses muito acertadamente), penso nos interesses do Brasil. Não nos esqueçamos que os desprezíveis republicanos adoram comprar produtos brasileiros e reduzem os subsídios agrícolas. O marido devoto de Dona Hillary Clinton aumentou, durante seu governo, esses subsídios, dificultando nossas exportações. Barack fará o mesmo (embora Lula da Silva ande dizendo que não)...porque prometeu e porque isto faz parte da agenda do partido democrata. Não vai fazer muita diferença se a nossa galinha não está gripada e nem a nossa vaca, maluca!


Mas o melhor de tudo isto foi muito bem explicado pelo Sr. Hélio Fernandes, do alto de sua "Tribuna da Imprensa", in litteris: " De qualquer maneira, ganhe quem ganhar, as regras de convivência econômica e equilíbrio político não virão mais da Casa Branca. E o mundo tem que se unir para acabar com essa monstruosidade, que é o dólar, moeda de um país, ser ao mesmo tempo a moeda de troca universal". Esta matéria foi publicada em 04 de novembro com o título "Um novo presidente para o começo do fim do império romano". Irretocável !!


Grande abraço.


H.

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