quarta-feira, 18 de maio de 2011

MARK ZUCKERBERG GANHARÁ MAIS DINHEIRO COM A MORTÍFERA CENSURA CHINESA.

  


  Mr. Zuckerberg, um dos donos do “facebook”, 53º (“cinquenteitrêzimo”; o MEC diz que está correto) sujeito mais rico do mundo, parece ter descoberto que censura faz sucesso. Na terra dele já se sabia. Afinal, um povo sexualmente reprimido, evangelicamente hipócrita que não acredita na Ciência da Evolução (mais de 60%), tem mais é que aplaudir a censura do feicibúqui ao beijo homoafetivo britânico que levou o apresentador de entrevistas de lá, Richard Metzger, a acusar o sítio de relacionamento de homofóbico.


   Mas, o feioso ex-aluno, ex- sem namorada e amigos, de Harvard, em abril deste ano, fechou acordo bilionário com o Baidu. Este último é uma espécie de “orkut-facebook-google” chinês severamente controlado pela ditadura (que se diz socialista) chinesa.

   Este fato deveu-se à visita, em dezembro de 2010, de Mr. Zuckerberg à China. E, por óbvio, ele não foi lá fazer turismo.

   O fato é que o seu feicibúqui já contava com milhares de usuários o que não agradou nada o Comitê Central do Partido Comunista chinês que, em última instância, é quem governa a chamada República Popular da China.

   O Baidu, em verdade, é quase um órgão do Partido e serve muito mais para controle de dissidentes do regime do que para relacionamentos sociais. Daí seu declínio. Os governantes, então, chamaram Mr. Zuckerberg e propuseram-lhe um acordo bilionário no sentido de associar as duas empresas, preservando-se o nome da marca estadunidense. Isto é, o chinezinho vai acessar o feicibúqui crente de que está entrando num sítio democrático etc. Isso ele não é mesmo. Tanto que censura beijo homoafetivo, mas permite fotos de portadores de micropênis, de um sujeito com as partes pudendas queimadas por óleo fervente jogado pela namorada (não, esse não era o micropênico) e por aí vai.

   Assim que foi divulgada a notícia da possível associação “Facebook-Baidu”, cerca de 250 mil usuários do feicibúqui evaporaram do cadastro do sítio. Não sei se a evaporação dos mesmos foi apenas virtual. Em suma, segundo os jornais de lá (todos oficiais), o sumiço foi de cerca de 40% dos usuários, contudo, “de forma paulatina”. Negam que tenha sido instantânea.

   Em verdade, a imprensa mundial informa que mais de 100 ativistas anti-comunistas foram presos, outras centenas encontram-se em prisão domiciliar e, por óbvio, sem acesso à grande rede.

   Em suma, a grande rede que era vista como uma espécie de forma de relaxamento para todos e controle de dissidências pelo governo, agora é muito mais severamente monitorada e censurada pelos órgãos de repressão, mormente depois do que vem acontecendo no Oriente, a chamada “Primavera Árabe”.

   A união efetiva do Bidu, digo, Baidu com o feicibúqui só depende agora de ajustes administrativos entre o Comitê Central e Mr. Zuckerberg e associados.

   Quanto a possibilidade de estar incrementando ainda mais o cerceamento de direitos humanos elementares negados há décadas ao povo chinês, Mr. Zuckerberg “defeca e se locomove”, assim como para o destino que tiveram seus fiéis usuários que evaporaram. Afinal, ele vai ganhar mais um bilhão de dólares contra um povo que tem mais de um bilhão...de pessoas. Que coisa!


Aos 18 dias do mês de maio de 2011, do saudoso Estado da Guanabara.

Prof. Haroldo Nobre Lemos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MENINA COM JEITO DE MENINO.

   Cora Anderson , Lillie Hitchcock Coit e a Papisa Joana.


   Cora e Lillie são retratadas no livro "Escondidas da História: Retomando o Passado Gay e Lésbico", em tradução livre. Original: Hidden From History: Reclaiming the Gay and Lesbian Past). Martin Duberman et al, editores. New York: NAL Books, 1989.

   Muitas mulheres norte-americanas do século dezenove se travestiram e conseguiram "passar" por homens por muitos anos. Cora Anderson, que era ameríndia, foi presa em 1914 por conduta desordeira. Lillie Hitchcock Coit conseguiu livrar-se de uma condenação pelo fato de ser rica. Nada de novo nisto também.

   Mas os relatos de travestismo masculino são bem mais antigos. É o caso da Papisa Joana que a Igreja insiste em afirmar ser uma lenda. Mas inúmeros relatos históricos que, embora divirjam aqui e ali, são concordantes quanto à existência de uma mulher que tornou-se monge, cardeal e “Papa”, entre os anos 855 e 1100.


   Engravidou a acabou morta. As versões divergem também sobre este ponto, mas todas concordam que a multidão reagiu com indignação, por considerar que o trono de São Pedro havia sido profanado. Joana, após dar à luz em meio a uma procissão, teria sido amarrada a um cavalo e linchada até a morte.

   Noutro relato, Joana teria morrido devido a complicações no parto, enquanto os cardeais se ajoelhavam clamando: "Milagre, milagre!".

   E a “Papisa”, sabe-se lá o motivo, acabou imortalizada. Virou carta do baralho de Tarot e hoje influencia os crentes nas “artes divinatórias”.Que coisa!
  
   Aos 16 dias de maio de 2011, do saudoso Estado da Guanabara.

   Prof. Dr. Haroldo Nobre Lemos.