segunda-feira, 16 de maio de 2011

MENINA COM JEITO DE MENINO.

   Cora Anderson , Lillie Hitchcock Coit e a Papisa Joana.


   Cora e Lillie são retratadas no livro "Escondidas da História: Retomando o Passado Gay e Lésbico", em tradução livre. Original: Hidden From History: Reclaiming the Gay and Lesbian Past). Martin Duberman et al, editores. New York: NAL Books, 1989.

   Muitas mulheres norte-americanas do século dezenove se travestiram e conseguiram "passar" por homens por muitos anos. Cora Anderson, que era ameríndia, foi presa em 1914 por conduta desordeira. Lillie Hitchcock Coit conseguiu livrar-se de uma condenação pelo fato de ser rica. Nada de novo nisto também.

   Mas os relatos de travestismo masculino são bem mais antigos. É o caso da Papisa Joana que a Igreja insiste em afirmar ser uma lenda. Mas inúmeros relatos históricos que, embora divirjam aqui e ali, são concordantes quanto à existência de uma mulher que tornou-se monge, cardeal e “Papa”, entre os anos 855 e 1100.


   Engravidou a acabou morta. As versões divergem também sobre este ponto, mas todas concordam que a multidão reagiu com indignação, por considerar que o trono de São Pedro havia sido profanado. Joana, após dar à luz em meio a uma procissão, teria sido amarrada a um cavalo e linchada até a morte.

   Noutro relato, Joana teria morrido devido a complicações no parto, enquanto os cardeais se ajoelhavam clamando: "Milagre, milagre!".

   E a “Papisa”, sabe-se lá o motivo, acabou imortalizada. Virou carta do baralho de Tarot e hoje influencia os crentes nas “artes divinatórias”.Que coisa!
  
   Aos 16 dias de maio de 2011, do saudoso Estado da Guanabara.

   Prof. Dr. Haroldo Nobre Lemos.

Um comentário:

Juliana Salvador disse...

A história da Mulan também é assim, se veste de homem e entra pro exército do pai para protege-lo.
Mulan é a protagonista do poema épico chinês "A balada de Mulan". Embora o poema tenha sido provavelmente escrito no século VI, o original foi perdido e a versão mais antiga conhecida é uma compilação do século XII.
Historiadores ainda discutem se a heroína existiu de verdade ou se é apenas ficção. Não há evidências. Mas, na sua suposta cidade natal, há um templo em sua homenagem.

Juliana Salvador
Turma IN2204